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Elsevier e IBM apresentam na MEI aplicações e panorama da inteligência artificial

A Europa e a China têm perdido talentos para os Estados Unidos. O Brasil não tem dados específicos, mas em geral temos perdido profissionais para hubs internacionais”, analisou Dante Cid, vice-presidente da Elsevier América Latina

Empresas apresentaram estudos e casos de sucesso da aplicação de inteligência artificial no Brasil e no mundo

A evolução da capacidade computacional deu fôlego ao uso da inteligência artificial, tecnologia que vem sendo desenvolvida desde os anos 1960. Hoje, junto à Internet das Coisas (IoT) e ao big data, a inteligência artificial é um dos carros chefes da transformação digital.

O Brasil já conta com casos de sucesso no desenvolvimento de aplicações na indústria, no comércio e no setor financeiro. Mas enfrenta o desafio de estabelecer política nacional de fôlego para fazer frente ao que vem sendo feito em outros países e atrair e reter talentos.  São constatações de duas apresentações feitas pela IBM e pela Elsevier na reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação, nesta sexta-feira (29), em São Paulo.

Estudo inédito da Elsevier, uma das maiores plataformas de informação científica do mundo, mostra que o Brasil está longe da produção científica dos maiores hubs de inteligência artificial. O país apresenta baixa interação entre academia e indústria para produção científica: apenas 1,7% das pesquisas são feitas conjuntamente, contra 7,4% dos norte-americanos e 6% entre as publicações alemãs.

Segundo levantamento da empresa, os Estados Unidos não apenas são os maiores publicadores no tema, como também têm sido o principal ímã para profissionais de inteligência artificial. Nos últimos 20 anos, a maior economia do mundo atraiu mais de 1,2 mil pesquisadores internacionais. “A Europa e a China têm perdido talentos para os Estados Unidos. O Brasil não tem dados específicos, mas em geral temos perdido profissionais para hubs internacionais”, analisou Dante Cid, vice-presidente da Elsevier América Latina.

O estudo também avaliou a relação entre as pesquisas e o depósito de patentes. No escritório brasileiro, os Estados Unidos são os maiores depositantes de patentes relacionadas à inteligência artificial, sendo que o Brasil é apenas o 5º colocado. Pesquisas desenvolvidas no Brasil têm poucas citações: apenas 2,5 a cada 1 mil artigos publicados. Para efeitos de comparação, Cid citou o caso da Itália, que tem volume de produção científica semelhante à brasileira. Lá, os Estados Unidos também são os maiores depositantes. “No entanto, os italianos ficam em segundo lugar e têm o dobro de citações dos brasileiros”, afirmou Cid.

HÁ ESPERANÇA – Apesar da distância dos países líderes, boas ideias têm sido colocadas em prática no Brasil. A vice-presidente da IBM América Latina, Ana Paula de Jesus Assis, apresentou exemplos de cases de sucesso que a empresa ajudou a implementar por meio da plataforma Watson em diferentes setores.

Um dos maiores é o caso da BIA, inteligência artificial criada para o Bradesco, que começou sendo usada internamente para apoiar e esclarecer dúvidas de gestores do banco, mas que se tornou a aposta da empresa para se relacionar com clientes. “A plataforma teve mais de 100 milhões de interações com clientes em apenas dois anos e é capaz de responder perguntas em menos de 3 segundos, com 90% de acerto”, explicou Ana Paula. Hoje, a ferramenta ajuda o banco a desenvolver novos produtos.

Outra aplicação usando os recursos do poderoso Watson foi feita para a Volkswagen do Brasil. A montadora desenvolveu um aplicativo para oferecer aos clientes um manual cognitivo dos carros, no qual a ferramenta não apenas tira dúvidas sobre o funcionamento dos veículos como é capaz de apoiar a solução de problemas técnicos. A inteligência artificial faz com que, com apenas uma foto do painel, o aplicativo consiga orientar o motorista sobre o problema ou mesmo direcioná-lo para a assistência técnica adequada.

Por fim, a IBM também trabalhou junto à escola de negócios Saint Paul para criar uma plataforma online, a LIT, que democratizasse o acessos aos conteúdos da instituição. A plataforma conta com o Paul, um tutor digital, para tirar dúvidas e interagir com alunos. “Na prática, você tem um professor à disposição 24 horas por dia, impossível no modo presencial”, afirmou  Ana Paula.

Fonte: Agência de Notícias CNI.

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