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ChatGPT: matador de empregos ou ferramenta revolucionária?

Se você não morou debaixo de uma pedra nos últimos meses, já deve ter ouvido falar do ChatGPT, o modelo de inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI que alcançou mais de 100 milhões de usuários em apenas três meses de vida.

Além de causar muito burburinho pela capacidade de interagir em linguagem natural, produzir textos e interpretar conteúdos, o ChatGPT tem suscitado a discussão sobre seu impacto no futuro do trabalho. Alguns o veem como uma ameaça a certas profissões, enquanto outros acham que a nova ferramenta aumentará nossa capacidade de executar tarefas com qualidade.

Diga-se de passagem, outras inovações causaram inquietudes semelhantes ao longo da história. O surgimento das planilhas eletrônicas, dos mecanismos de busca e dos sistemas de autosserviço também trouxeram preocupações quanto à eliminação de postos de trabalho. No entanto, nada disso ocorreu em larga escala. O que se viu foi que essas inovações nos transformaram em profissionais melhores, tornando nosso trabalho mais fácil e eficiente.

Dentre todos os projetos de chatbot baseado em IA, o ChatGPT é o que mais impressiona pelo seu poder de revolucionar diversas atividades.

Na redação e edição de textos, por exemplo, suas habilidades permitem criar artigos de alta qualidade muito mais rapidamente do que uma pessoa. Isso economiza um tempo valioso de jornalistas e criadores de conteúdo, permitindo que eles se concentrem em tarefas mais importantes, como pesquisa, análise e interpretação. Além disso, o ChatGPT ajuda a melhorar a qualidade da escrita, pois identifica e corrige facilmente erros gramaticais e ortográficos.

Na mesma linha, a capacidade que o ChatGPT tem de produzir e analisar códigos de programação facilita o trabalho dos desenvolvedores. Ele também consegue corrigir e otimizar códigos-fonte, levando a entregas mais seguras e de melhor qualidade.

A ferramenta também pode ser usada para fornecer atendimento ao cliente, traduzir idiomas e analisar sentimentos. É difícil imaginar uma atividade profissional que não possa ser apoiada pelas funcionalidades do ChatGPT.

O potencial disruptivo dos chatbots não passou despercebido das big techs, como Google e Microsoft. Esta última faz parte do grupo de investidores da Open AI e anunciou recentemente que vai incorporar o modelo de inteligência artificial do ChatGPT no navegador Edge e no mecanismo de busca Bing. Já o Google viu no ChatGPT uma ameaça real ao seu domínio do mercado de buscas. Resolveu mudar a postura cautelosa que vinha tendo na área e se apressou em apresentar o Bard, seu chatbot baseado em IA. Será interessante acompanhar a evolução desses serviços nos próximos anos.

Apesar de toda a sua exuberância, os chatbots não têm como substituir um aspecto fundamental do ser humano: a criatividade. Eles são grandes aliado para potencializar o trabalho, tornando-o mais fácil e eficiente, mas carecem dos atributos criativos, essenciais para produzir um texto envolvente ou sistemas de alta complexidade.

Isto porque a inteligência artificial é, essencialmente, artificial. Na melhor das hipóteses, o ChatGPT é capaz de processar e transformar o conhecimento existente, que foi criado por humanos e espalhado na internet. Ele não consegue interpretar esse conhecimento de maneira que nos emocione. Não fala com persuasão. Também não consegue contextualizar as informações que apresenta.

O ChatGPT pode imitar o comportamento humano, até porque nosso cérebro é, de certa forma, uma máquina altamente complexa. Processamos a linguagem e informações de maneiras que podem ser codificadas, e replicar isso é o grande mérito do ChatGPT. Mas ele foi criado para trabalhar conosco e não por nós.

Estamos passando por um momento singular: o início da era dourada da inteligência artificial. A partir daqui, vamos acelerar a capacidade de interpretar e produzir, liberando a nossa criatividade de maneira inédita.

Como acontece com qualquer inovação, é importante termos a mente aberta para a mudança e encontrarmos maneiras de integrá-la produtivamente ao nosso trabalho e melhorar as nossas vidas.

Juliano Simões, CEO da CentralServer e associado da Assespro-PR/Acate.

Fonte: tiinside

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