Presidente da CDL de Guarapuava afirma que comércio e varejo precisam de reinvenção tech

Eloi Laércio Mamcasz, associado da Assespro-PR/parceria ACATE há uma década, vê como urgente a necessidade de avanços no segmento do varejo
Nas rodas de conversa e especialmente na internet, a pergunta clichê feita pelos vendedores do comércio, “posso te ajudar?”, rende até piada. Mas, para o empresário Eloi Laércio Mamcasz, esse modelo de atendimento está beirando a aposentadoria.
O administrador de empresas e recentemente empossado presidente da diretoria executiva da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Guarapuava/PR entende essa quase falta de humanidade no atendimento como vulnerabilidade.
“O setor de varejo e comércio estão sendo atacados fortemente pela concorrência das inúmeras plataformas digitais”, defende. “A tecnologia tem esse papel importante de impulsionar os empreendedores a novos olhares de modernização e inovação para continuarem operantes e buscando o crescimento de seus negócios”.
Bater meta, portanto, não pode ser mais a única preocupação do dono da loja. Com mais de dez anos de associação na Assespro-PR/parceria ACATE, entidade de apoio ao ecossistema de inovação no estado, Eloi tem os pés no chão: embora saiba da avalanche das vendas do e-commerce e de todas as plataformas digitais, modernizar o chão do varejo é uma necessidade para a sobrevivência do modelo de negócio.
“Formar e investir em novos talentos, de forma que seja uma política dentro da cultura empresarial de cada negócio, tem sido a única e clara saída para atender à demanda crescente de talentos. O maior desafio de qualquer processo de inovação ou de tecnologia é a universalização para a adesão de novas tecnologias, sejam por motivos de infraestrutura ou de financiamento”, sublinha.
As lojas físicas concorrem com elas mesmas e, assim, o desafio pela reinvenção é ainda maior. Pesquisa realizada pela Ebit/Nielsen diz que as lojas físicas que comercializam seus produtos na internet respondem por mais da metade (51%) das vendas realizadas pela internet no Brasil. Assim, além de precisarem atender ao público com algum diferencial para não perder para a concorrência, vendedores das lojas físicas precisam ser ainda mais eloquentes para manter as métricas da empresa digital.
“A aposta é de que o comércio tradicional tenha consigo um atrativo totalmente diferenciado, baseado na experiência do cliente em seu estabelecimento, trazendo agilidade e autoatendimento com muito investimento em automação dos processos possíveis de serem executados pelo próprio cliente, seja experimentando, seja comprando e finalizando o pagamento”, destaca.
Cientes de que o universo digital e físico podem estar juntos, empresários já vêm investindo em novos modelos. Dar ainda mais voz ao consumidor faz parte da estratégia. Isso inclui, por exemplo, oferecer mais modalidades para pagamento da compra; aliar a experiência híbrida ao omnichannel também é uma possibilidade; e, finalmente, disponibilizar tecnologia nos ambientes, para tornar escolhas, condicionais e compras muito mais fáceis.
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