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Febraban prepara plataforma única para blockchain

O Grupo de Trabalho Blockchain da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apresentou nesta quarta-feira, 13/06, a evolução do projeto piloto no qual o grupo vem trabalhando desde 2016. Foi mostrado um protótipo da plataforma única a ser adotada pelo mercado financeiro brasileiro que, no momento, está em validação pelas áreas de negócio das instituições envolvidas em seu desenvolvimento.

O coordenador do Grupo de Trabalho Blockchain da Febraban, Adilson Fernandes da Conceição, contou que o grupo tem, hoje, a participação de 18 empresas. “É um grupo multidisciplinar, que se reúne quinzenalmente”, disse. Nessas reuniões surgiu o pensamento de idealizar uma estrutura referencial que permitisse ao grupo iniciar testes efetivos e fosse escalável no futuro. O protótipo foi desenvolvido na plataforma Hyperledger Fabric que, de acordo com Conceição, atendeu a uma série de requisitos previamente estabelecidos, como suporte do fornecedor, licenciamento, privacidade e alta disponibilidade, entre outros.

Além da plataforma, o grupo vem trabalhando no desenvolvimento de regras de governança a serem adotadas no momento em que o blockchain passar a ser utilizado. “Estamos desenvolvendo porque não encontramos, em todo o mundo, nenhum consórcio, banco ou agrupamento de instituições que estejam conversando com propriedade sobre o tema”, lembrou.Com isso, o grupo da Febraban está desenvolvendo não apenas um protótipo, mas sua própria referência para a implementação da tecnologia, o que vai desde a definição da arquitetura a ser utilizada até a governança, passando pelo roadmap de segurança.

Arquitetura

O gerente de Arquitetura Corporativa e Inovação da B3, e também membro do grupo, Alexandre Oliveira, comentou que a novidade no protótipo é a implementação de uma rede distribuída que vai permitir a realização de testes em um ambiente bastante próximo do real. “Vamos testar como o protótipo de comporta em uma rede geograficamente distante”, ressaltou.

Para isso, foi definido um escopo mínimo de negócio, que prevê o acesso às informações móveis, seu compartilhamento entre as instituições, o desenvolvimento de telas de backoffice e a qualificação dos dispositivos como confiáveis e não confiáveis. Do lado técnico, está prevista a criação de uma rede distribuída, que será a primeira da Febraban; a utilização da plataforma de blockchain; a criação de uma camada de APIs para abstração dessa tecnologia; o desenvolvimento de um aplicativo móvel a ser utilizado pelos usuários e um mecanismo para a “tokenização” do dispositivo móvel.

Até aqui tudo isso está pronto, aguardando apenas a validação pelas áreas de negócio das instituições envolvidas para que seja colocado em prática. Do ponto de vista de governança, o gerente do Programa de Blockchain do Bradesco, Klaus Kaiser Apolinário,  afirmou que ela está sendo desenhada em três camadas. A primeira é o ecossistema, que vai definir a organização dos membros da rede, seus participantes e os processos de tomada de decisão.

A segunda camada é a de aplicação. “Esta será a encarregada de organizar as informações referentes a todos os tipos de arquitetura, assim como os processos como gestão de consenso e governança de portfólio”, disse. A terceira camada será a de infraestrutura, a responsável pela gestão da rede, incluindo aí sua operação e escala.

Escolha da plataforma

Passada a fase de provas de conceito, duas plataformas foram apontadas pelo GT da Febraban para a iniciativa: Hyperledger Fabric e Corda. Adilson Fernandes da Conceição explicou que ambas possuem roadmap de evolução e, portanto, foram consideradas para serem usadas no protótipo. “Tínhamos de escolher uma. Para isto, avaliamos 25 requisitos, nos quais as duas passaram, dando empate”, disse.

Para desempatar, o GT fez novas análises, indo mais a fundo de quatro requisitos: alta disponibilidade, privacidade, desempenho rápido e acesso. Novamente deu empate. “O fator decisório foi o modelo de precificação”, justificou, completando que, tecnicamente, tanto Hyperledger Fabric quanto Corda atendem às necessidades.

O GT foi formado em agosto de 2016 e conta, atualmente com 18 instituições financeiras. Para este protótipo foram envolvidas cerca de 30 pessoas. O custo de desenvolvimento não foi revelado.  Assista à entrevista com o coordenador do Grupo de Trabalho Blockchain da Febraban, Adilson Fernandes da Conceição.

Fonte: Convergência Digital.

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