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Expoente em consultoria de TI no Paraná, ele abraçou os desafios da “coisa do futuro” mirando um universo maduro para o segmento

Izoulet Côrtes, com funções na Assespro-PR/parceria ACATE desde 2016, descobriu o caminho tecnológico ainda menino. Hoje, sonha com a ampliação de negócios, de mercado e de olhares estratégicos para o crescimento do setor

Se pudesse entrar no DeLorean do filme De Volta para o Futuro, certamente o administrador de empresas Izoulet Côrtes não mudaria nada em sua trajetória. Aos 46 anos, o curitibano acumula mais de duas décadas na área de tecnologia.

Sua jornada de trabalho e de estudo foi o levando a percorrer tal caminho: habilitado em Comércio Exterior e especialista em Política, Estratégia e Planejamento, tornou-se mestre em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação, uma coroação ao sentimento que já acumulava na juventude, nos anos 80, pelos famosos Apple IIe, a terceira geração da série de microcomputadores produzida pela Apple Computer.

“[…] que tinha dois disk drives de dupla face, uma placa de expansão de memória para 128k e uma placa CPM. Aprendi a programar, usar planilhas de cálculo, processador de texto, comecei a programar em Basic e CPM”, detalha, com a precisão de quem realmente parece ter voltado no tempo.

Na época, Izoulet já se arriscava no desenvolvimento de pequenas atividades no universo digital. Começou fazendo a automação do estacionamento de um amigo da família; depois montou a sistematização de dietas nutricionais da clínica da mãe de outro colega; e na faculdade, já “a bordo” dos primeiros Pentium, criou um portal na área de comércio exterior com notícias, glossário, negócios internacionais e links. “Isso me rendeu um prêmio nacional na época e matéria de meia página no jornal Gazeta Mercantil”, conta.

Entusiasta e curioso, o jovem Izoulet era on e off também. Quando não estava em alguma conexão, montava — e desmontava — computadores, o que aprendeu para ter seus próprios equipamentos e dar manutenção, numa época em que essa oferta era escassa.

“Também aprendi processamento de imagens e princípios de CAD [software que permite aos engenheiros e projetistas criar modelos realistas de peças e montagens] no escritório de um parente que trabalhava em projetos. Ganhei experiência, mas ainda não tinha desenvolvido maturidade”, afirma. “Minha percepção era de que eu deveria seguir mais na área de negócios e projetos, o que eu realmente acabei fazendo, mas nunca consegui me distanciar de TI. Muitos da família, incluindo um tio-avô, me incentivavam. Diziam que a ‘computação’ era a ‘coisa do futuro’ e que eu deveria avançar profissionalmente nisso”.

E é aí que o casamento do administrador com a tal “coisa do futuro” aconteceu. Juntos até hoje, Izoulet tornou-se referência no Paraná. O sentimento que o fez abrir computadores, dissecando suas peças para entender suas conexões, é o mesmo que o motiva a abrir caminhos nos negócios. Mantendo o otimismo juvenil, o administrador e colaborador ativo na Assespro-PR/parceria ACATE tem a expectativa de ver a ampliação do peso de TI no PIB e da relevância do Paraná no cenário econômico nacional nessa área, “acompanhada pela criação, pelo fortalecimento e pelo crescimento de grandes empresas protagonistas no mercado”.

Neste sentido, Izoulet galgou uma jornada além das fronteiras. O profissional foi um dos pioneiros no desenvolvimento de conteúdo e capacitação em negócios internacionais na área de serviços, mais especificamente em software e TI.

Em uma iniciativa recente para capacitar gestores de organizações consolidadas, Izoulet cocriou um curso de extensão em Internacionalização de Organizações com uma antiga professora da graduação. A edição reuniu mais de 500 alunos de todo o Brasil. “Pudemos trazer a contribuição de colegas de graduação que se tornaram referência em suas áreas até grandes especialistas consolidados como referência no mercado internacional”, comenta. “O mais interessante foi descobrir que acabamos juntando três gerações de professores, e um dos parceiros convidados havia sido mestre da professora coordenando a ação”.

Foi em movimentos assim, de contato com jovens, que o profissional cravou sua experiência como líder também, especialmente entre esses públicos.

Ainda nos projetos de internacionalização, Izoulet fomenta negócios de base tecnológica in/out do Brasil, engajado nos primeiros anos de um programa prioritário nacional de internacionalização de empresas (com a Softex e a ApexBrasil). “Fui consultor regional do programa, atuei e dei apoio a inúmeras missões empresariais, acordos de cooperação tecnológica; integrei e coordenei inúmeras delegações oficiais e de negócio no exterior; desenvolvi vários projetos na área internacional, até mesmo com governos estrangeiros”, completa, destacando o apoio que recebeu do Sebrae, entidade “que teve e tem um papel muito relevante nesse processo de desenvolvimento e com a qual tive a oportunidade de colaborar como credenciado”.

Em ações governamentais, mais espaço. Reunindo sua expertise, internacionalização, inovação e estratégia, Izoulet atua junto aos setores produtivos e de instituições científicas e tecnológicas, tanto no Brasil quanto no exterior. “[…] que me trouxeram um aprendizado sólido em desafios e oportunidades à inovação, incluindo os benefícios e incentivos existentes, atuando sempre na expectativa de maximização de resultados dos objetivos e das intervenções realizadas”.

Ciente de que há muito a ser feito, o profissional, com mais de 20 anos de atuação profissional em internacionalização, inovação e estratégia, entende que sejam desafiadores, por exemplo: a ampliação de maturidade de negócios e de mercado; a aproximação orgânica da área de TI de outras áreas e domínios econômicos; a clareza de direções para o desenvolvimento com o poder público; a organização sistêmica do setor; e os novos modelos de desenvolvimento e codificação de software a fim de baratear custos e reduzir dependência de mão de obra.

Para o Paraná, percebe a missão de criar um sistema com visão estratégica de tecnologia e especializar oferta tecnológica em áreas e oportunidades econômicas de maior impacto. “Apesar de parecerem óbvias, as prioridades e a especialização nem sempre ocorrem, mas não sei se isso agrega ou atrapalha a narrativa”, diz.

“As visões e iniciativas da governança estadual de TI precisam ser retomadas. E precisamos ser ambidestros: um olhar estratégico sendo perseguido, mirando oportunidades e tendências, junto de uma execução constante e consistente, tudo isso acompanhado de uma agilidade necessária, caso se queira manter o protagonismo do Paraná na área e permitir o crescimento orgânico da TI na região”.

O futuro projetado nas telas de cinema pelo cineasta Robert Zemeckis chegou. Ainda não há carro voador circulando por aí, mas quem sabe?

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