Empresas de telecom são as recordistas em pedidos de patentes para software embarcado
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As empresas de telecomunicações foram os principais depositantes de patentes com software embarcado no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), muito por conta dos softwares voltados aos dispositivos móveis e equipamentos de processamentos digitais.
É o que aponta o mais recente Insight Report da Assespro-PR (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação), entidade que trabalha em prol do desenvolvimento do mercado e empresas de tecnologia no estado do Paraná. O relatório, lançado no mês de agosto é feito mensalmente e tem como objetivo entender as tendências de mercado e o status de vários aspectos ligados à TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação). Neste estudo, os dados analisados correspondem aos anos entre 2012 e 2019.
Os códigos IPC, que definem as aplicações tecnológicas dos pedidos de patentes, no período 2012-19, expressam a tendência tecnológica atual relacionada ao desenvolvimento da internet das coisas, blockchain e inteligência artificial.
Assim, a aplicação em Redes de comunicação sem fio passou a ser predominante a partir de 2016, em 2019, esta aplicação foi incluída em 12% dos 1.144 pedidos submetidos ao Inpi, seguida por Transmissão de informação digital (8%), Processamento eletrônico de dados digitais (7%) e Processamento de dados adaptados (6%). Entre outros códigos que figuram nos registros estão os relacionados à área de saúde (Diagnóstico e cirurgia e Informática de saúde).
Ainda segundo o estudo, a gigante chinesa Huawei foi a principal depositante, com 117 pedidos em 2018 e 2019. Em segundo lugar veio a Guangdong Oppo Mobile Telecommunications Ltd., também chinesa, com 40 e 31 depósitos, respectivamente, seguida pela Sony (Japão), Qualcomm (EUA) e Ericsson (Suécia), todas também do ramo de telecom. Do total de 1.114 pedidos de depósitos, a divisão entre pedidos de residentes (Brasil) e não residentes ficou na proporção de 30% e 70%, com 345 pedidos de brasileiros e 799 de estrangeiros.
Em relação ao Brasil, o estado de São Paulo permanece como a principal origem dos depositantes residentes, no período 2012-19, com uma participação de 34% do total de pedidos, em 2019. O Paraná tem-se posicionado entre os cinco principais depositantes, neste período, com uma participação de 7%, em 2019.
Um número que chama a atenção é o crescimento do pedido de registro por Centros de Educação e/ou de Pesquisa, na ordem de 200%. Isto deve-se, principalmente, ao fato da promulgação do Marco Legal da Inovação (Lei 13.243/2016), que passou a estimular o patenteamento da produção tecnológica dessas entidades e a maior interação com o setor produtivo.
Com maiores investimentos em desenvolvimento, a tendência é que o Brasil possa fortalecer ainda mais a relação entre a academia e o mercado de trabalho, com os temas de pesquisa chegando efetivamente ao mercado e gerando produtos atrativos às empresas, que certamente irão influenciar as próximas análises com base em registro de patentes para software embarcado.
Fonte: Ipesi Digital