A Assespro-PR, capítulo paranaense da entidade nacional de empresas de tecnologia, está fechando as portas para se converter na Acate-PR, um desdobramento no Paraná da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate).

A nova Acate-PR segue filiada à Assespro Nacional, uma entidade primordialmente voltada para a representação política do setor de tecnologia, ao mesmo tempo em que encampa no Paraná da Acate, mais focada na promoção de negócios.

Talvez um pouco difíceis de entender para quem não está familiarizado com a representação do setor de TI, as novidades são uma mudança tectônica para quem conhece o segmento um pouco melhor.

No final de 2020, a Acate já havia incorporado o capítulo catarinense da Assespro, a Assespro-SC, depois de o mesmo ter decidido deixar de atuar, ganhando uma representação dentro da Assespro Nacional.

A Assespro-SC era uma representação discreta da entidade, ao contrário da Assespro-PR, que liderou algumas iniciativas de visibilidade no Paraná no campo das APLs, e chegou a ter empresários paranaenses presidindo a Assespro Nacional.

Mesmo assim, se converter no braço paranaense da Acate não é exatamente um downgrade.

Na última década, a Acate decolou e se tornou uma espécie de embaixadora do pujante setor de tecnologia catarinense, que tem faturamento estimado de R$ 11,4 bilhões e corresponde a aproximadamente 5% do PIB do estado, com direito a escritório em São Paulo. A entidade tem 1,2 mil associados e uma atuação nacional.

“Passamos a ter uma retaguarda de modelo de negócio, com a possibilidade de criarmos polos de inovação no Paraná, acessarmos muitos benefícios, convênios e, claro, muito mais negócios”, afirma o presidente da Assespro-PR, Lucas Ribeiro.

A mudança na entidade, que acaba de completar 40 anos de atuação, foi aprovada junto com a nova diretoria, encabeçada por Josefina Gonzalez, a primeira mulher a presidir a Assespro-PR, agora Acate-PR.

“A ideia é expandir nossa expertise em fomentar ecossistemas de inovação além de Santa Catarina. A Acate quer empregar suas metodologias, conhecimentos, programas e ferramentas para apoiar o desenvolvimento e crescimento do ecossistema de inovação e tecnologia do Paraná”, afirma o presidente da Acate, Iomani Engelmann.

Vale destacar que a Acate não está entrando pela porta dos fundos na Assespro Nacional, que tornou-se uma federação em 2013, visando justamente proporcionar esse tipo de adesões.

Por outro lado, apesar de Paraná e Santa Catarina serem apenas duas das 13 regionais espalhadas pelo Brasil, são dois estados com um setor de tecnologia pujante, com um peso específico significativo na entidade.

Fundada em 1976, a Assespro representa 3,5 mil empresas de tecnologia, principalmente pequenas e médias de capital brasileiro.

Na última década, a entidade vem se esforçando para ganhar mais protagonismo frente à Brasscom, que reúne os pesos pesados brasileiros e multinacionais atuando no país, e se tornou o interlocutor número 1 do governo.

Fonte: baguete