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Parceria entre Brasil e EUA lança guia de como transformar um cidade em “smart city”

Vale do Pinhão, em Curitiba, congrega uma série de startups que buscam colocar Curitiba à frente da discussão sobre smart cities. Foto: divulgação/Agência Curitiba

Primeiro relatório do Observatório Brasileiro de Cidades Inteligentes traz exemplos de seis cidades dos EUA e lista boas práticas para governos auxiliarem o processo

Oficialmente, não existe uma lista de itens que ratifique que uma cidade é uma smart city. O que existe, aí sim, são bons exemplos espalhados pelo mundo, que vão sendo transformados segundo a realidade de cada região. Essa dinâmica envolve não só as novas tecnologias que despontam, mas a facilitação da implementação destas novidades pelos governos. E é com o objetivo de criar um diálogo entre essas duas esferas que, em 2018, foi criado o Observatório Brasileiro de Cidades Inteligentes (OBCI), que lançou, durante o Smart City Expo Curitiba 2019, seu primeiro relatório.

Essa iniciativa tem o objetivo de esclarecer o que é uma cidade inteligente e mapear boas práticas para ajudar na adaptação e na regulamentação das tecnologias nas cidades inteligentes. Segundo o OBCI, o relatório “visa também oferecer ao governo brasileiro, no âmbito legislativo e executivo, especialmente às municipalidades, referências das melhores práticas para criação de modelos legais para a Inovação e o Regulamento Smart Cities-Friendly”.

Isso tudo acontece a partir do exemplo concreto de seis cidades norte-americanas: São Francisco, San Mateo, Los Angeles, Nova York, Las Vegas e Washington. A iniciativa é facilitada pelo Consulado Geral do Brasil em São Francisco, e realizada em parceria pelas empresas Federação Assespro, Consulado iCities, InfinitePar e OBr.global.

“O relatório é dividido em quatro capítulos: o que é uma cidade inteligente, a importância de se tornar uma cidade inteligente, os pré-requisitos de uma cidade inteligente e as seis cidades de referência nos EUA.


Segundo o documento, este esquema resume o sistema de funcionamento de uma cidade inteligente madura. Foto: reprodução/OBCI

Tudo começa com dados abertos

O documento também destaca que uma política de dados abertos é um pré-requisito para governos. Isso porque, além de serem mais transparentes, essa é uma forma de promover a criação de empresas e serviços centrados no cidadão.

“Ao tornar os dados abertos, os governos permitem que seus cidadãos esclareçam suas dúvidas e as perguntas são mais facilmente respondidas e de uma forma eficaz. Temos o exemplo do Ministério da Educação holandês, que publicou todos os seus dados relacionados à educação online para reutilização. Desde então, a quantidade de perguntas que recebem caiu, reduzindo a carga de trabalho e os custos do Ministério”, relata o documento.

Cidades inteligentes em seis pontos

Segundo o OBCI, as cidades inteligentes têm seis pilares fundamentais em pleno funcionamento. Confira abaixo:

INFRAESTRUTURA

A iluminação consome 19% de toda a energia do mundo. A cidade deve pensar em iluminação inteligente.

EDIFÍCIOS

Construções devem ser realizadas voltadas à sustentabilidade, com painéis solares e materiais de baixo impacto ambiental.

UTILITÁRIOS E SERVIÇOS PÚBLICOS

O município deve dispor de redes inteligentes voltadas ao monitoramento e gerenciamento
do consumo de energia e de água, por exemplo.

TRANSPORTE

Bicicletas e patinetes compartilhados — e, claro, uma estrutura para recebê-los — e eletropostes para carregamento de veículos elétricos devem ser realidade na cidade.

MEIO AMBIENTE

Gerenciamento de resíduos, controle da poluição do ar, investimento em energias renováveis e um bom paisagismo devem ser prioridade nos investimentos do município.

DIA A DIA

Além de wi-fi por toda a cidade, a Prefeitura deve disponibilizar atualizações em tempo real de serviços da cidade.

O acesso ao documento oficial deve ser solicitado clicando aqui.

Fonte: Gazeta do Povo.

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