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Projetos de inovação têm foco digital

Boaventura, do Ebanx: plano é criar nova comunidade tecnológica

O Paraná ocupa a quinta posição em inovação no ranking 2017 de competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública. Em 20 anos, pode se tornar um dos três primeiros, se forem bem sucedidas as políticas públicas que governo, empresas e universidades estão executando de forma integrada. A conquista dessa meta passa pelo fomento ao setor de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC), que gera 18 mil empregos diretos e influencia todas as atividades econômicas. Existem hoje no Estado 15 iniciativas de parques tecnológicos focadas em agroindústria, biotecnologia, nanotecnologia e TIC – oito em operação e as demais em construção ou planejamento.

“Ou você se insere na transformação digital ou fica para trás”, diz o secretário estadual de ciência, tecnologia e ensino superior, Décio Sperandio. Entre as ações de governança mais relevantes para o setor, ele menciona as adequações à Lei de Inovação, de 2012, e o programa Tecnova, lançado há dois anos em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no qual foram investidos R$ 22,5 milhões para subvencionar startups. Das 60 empresas que finalizaram projetos, 18 possuem patentes. “Estamos pleiteando o Tecnova 2”, diz.

Investir em educação é fundamental para a melhoria da competitividade, enfatiza o secretário. Sete universidades estaduais paranaenses congregam mais de 500 doutores e 700 linhas de pesquisa, reforçando o ambiente propício à inovação. “Temos o maior programa de extensão universitária do Brasil”, afirma. A Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado destina 5 mil bolsas mensais para pesquisadores trabalharem em empresas. Seus recursos têm origem no Fundo Paraná, que destina até 2% da receita tributária estadual a ciência e tecnologia.

Um comitê gestor da governança de TIC faz reuniões periódicas em todas as regiões do Estado para fortalecer conexões. “A tecnologia é o vetor de desenvolvimento para os demais setores”, diz o presidente da secção paranaense da Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro/PR), Adriano Krzyuy. Um dos resultados foi a criação, em 2017, da “bancada digital” na Assembleia Legislativa. Outros destaques são o Programa Internacional de Cooperação Urbana com a região de Valência, na Espanha, e um projeto que promove a troca de experiências entre gestores do Paraná, Pará e Pernambuco.

Em maio, a prefeitura da capital paranaense relançou o projeto Tecnoparque, que reduz o imposto das empresas de base tecnológica e estava suspenso para novas adesões desde 2013. O Tecnoparque integra o programa Vale do Pinhão – o ecossistema de inovação do município. “Nossa meta é transformar Curitiba na cidade mais inteligente do país”, afirma a presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Cris Alessi. Ela lembra que em 2017 a cidade passou da 11ª para a quarta posição no ranking Endeavor das melhores do Brasil para empreender.

Uma das incentivadas pelo Tecnoparque é a Pelissari, especializada em soluções de gestão empresarial, que no ano passado foi adquirida pela Cast group. A empresa investe em iniciativas para disseminar a inovação em universidades e comunidades carentes. “Estamos preocupados com a inclusão das pessoas que hoje estão fora do mercado de trabalho mas também com as que vão ficar de fora com o avanço da indústria 4.0”, diz o diretor-presidente Rudi Pelissari.

Criado em 2012, o Ebanx também se destaca no cenário curitibano de TIC. A empresa oferece métodos de pagamento ao comércio internacional e opera em sete países: Brasil, México, Argentina, Colômbia, Chile, Peru e Equador. Entre seus 500 clientes estão o gigante do comércio eletrônico AliExpress, a Airbnb e a Spotify. No início do ano, o Ebanx recebeu US$ 30 milhões do fundo de investimentos americano FTV Capital. “Decidimos ficar em Curitiba porque gostamos daqui e queremos desenvolver uma comunidade nova na área de tecnologia”, diz o sócio e diretor de marketing André Boaventura. A empresa tem crescido em média 80% ao ano e estima passar dos 50% em 2018.

O polo TIC de Londrina e região, com 1,5 mil empresas em dez municípios, é o segundo do Estado. “Nossa maior força é não ter um batedor de tambor, pois os atores sociais são independentes e conectados”, diz o vice-presidente do Arranjo Produtivo Local (APL) e diretor da seccional da Assespro /Londrina, Jeison Arenhart De Bastiani.

Fonte: Valor Econômico.

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