Paraná tem crescimento de 91% no ramo de TI
Nos últimos nove anos, desde 2009, o ramo de serviços de TI no Brasil passou a superar o ritmo de crescimento de emprego do setor e apresentou desempenho 55% maior na taxa de geração de empregos. No estado do Paraná, a taxa de crescimento do ramo de serviços de TI (91%) foi ainda maior, em relação à taxa do Setor de Serviços (48%), no período 2006-2016. Isto significa que o ramo de serviços de TI apresentou um grande desempenho na geração de postos formais de trabalho, acima da média geral.
A análise faz parte do projeto Insights Report: Panorama do Setor de Tecnologia da Informação 2018, realizado pela Assespro-PR em parceria com o Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O estudo deste mês analisa a evolução do número de empregos formais, ou vínculos ativos, e do salário médio no ramo de serviços de TI, no Brasil e no Paraná, no período de 2006 a 2016.
Gráfico 01
Em 2016, o ramo de serviços de TI gerou cerca de 427 mil empregos formais no Brasil. A Região Sudeste concentrou 64% desse total, seguida pelas Regiões Sul (17%), Nordeste (9%), Centro-Oeste (9%) e Norte (1%). Neste mesmo ano, no âmbito das Unidades da Federação (UFs), o Paraná posicionou-se como o quinto colocado, entre as UFs, ao gerar cerca de 8.400 empregos, no ramo de serviços de TI. Já no que tange aos municípios do estado, Curitiba participou com 51% do total de empregos do estado, seguida por Londrina (10%), Maringá (9%) e Cascavel (5%). Confira nos gráficos abaixo:
Gráfico 02
Gráfico 03
Ainda neste mesmo ano, o Paraná posicionou-se em 11º lugar em relação ao salário médio pago, entre as UFs, com um valor de R$ 3,16 mil. Segundo o diretor presidente da Assespro-PR, Adriano Krzyuy, o cenário se justifica pelo maior dinamismo econômico de outras UFs, como São paulo e Rio de Janeiro; pelo custo de vida mais elevado nesses estados e no Distrito Federal e pela maior escassez de mão de obra de UFs como Amazonas, Pará e Amapá.
Mesmo com aumento progressivo na geração de empregos, houve também um crescimento considerável no número de estabelecimentos sem geração de emprego no Paraná, cujo valor foi de 3,6 vezes superior à taxa de expansão do Brasil. O professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná, Victor Manoel Pelaez, explica esse número expressivo de estabelecimentos sem empregados ocorre principalmente em função da terceirização dessas atividades pelas empresas de diferentes ramos de atividade. Por consequência, há um grande número de profissionais trabalhando como autônomos na prestação desses serviços.
Pelaez ressalta que os dados coletados na análise permitiram gerar outros diferentes indicadores, como por exemplo, a participação relativa do número de empregos formais por região, Unidade da Federação (UF) e município paranaense; número de empregos desagregados e salários médios, por classe, do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE); estoque e saldo de emprego; taxa de crescimento do emprego; evolução do salário médio; ranking da massa salarial e dos salários médios por UF.