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Hackathon do Paraná reúne mentes do mundo e propõe soluções tecnológicas contra crise

Brasil e mais sete países se unem na criação de projetos inovadores voltados a oportunidade de trabalho, à classe artística, à eficiência da administração pública, entre ideias para diversas outras áreas

Termina nesta sexta-feira, 1º de maio, o Hack pelo Futuro – um hackathon online, organizado no Paraná, com o objetivo de propor soluções em tecnologias da informação no enfrentamento da crise decorrente da Covid-19. A maratona reúne participantes de várias partes do mundo, e tem se destacado pela qualificação das equipes e pela inovação dos projetos apresentados. O resultado das melhores soluções será divulgado no dia 4.

O Hack pelo Futuro conta com 800 participantes, distribuídos em 124 equipes. São profissionais do mercado, médicos, professores e pesquisadores do Paraná e outras regiões do Brasil, e do exterior também. Há participantes dos Estados Unidos, Canadá, França, Holanda, Portugal, Colômbia e Paraguai. O hackathon é promovido pela Associação das Empresas de Tecnologias da Informação do Paraná (Assespro-PR) em conjunto com o Governo do Estado.

“O Hack pelo Futuro é dividido em etapas, que começaram a ser desenvolvidas na última sexta-feira, dia 24. Estamos na etapa de validação das soluções apresentadas, e a qualidade dos projetos impressiona. Impressiona também o nível técnico das equipes e o grau de engajamento dos participantes. Mais da metade deles nunca tinha participado de um hackathon. Tem sido uma oportunidade, para eles, de colocar em prática suas ideias”, enaltece o presidente da Assespro-PR, Adriano Krzyuy.

O líder da entidade observa que o Hack pelo Futuro tem propiciado o intercâmbio entre profissionais do mercado, professores e acadêmicos. “O hackathon está sendo ótimo pela realização de projetos que estão em concepção nas universidades”. Adriano Krzyuy sublinha ainda que, embora seja uma competição, há colaboração entre as equipes.

“O Hack pelo Futuro é uma oportunidade de unirmos a sociedade no debate de ideias a fim de construirmos um futuro melhor pós-pandemia. Estamos muito felizes com os resultados alcançados até o momento, pois conseguimos unir mestres, especialistas, alunos, empreendedores, profissionais de diferentes áreas, entidades e governo no objetivo comum de criar iniciativas que enriquecerão a sociedade de uma maneira geral”, afirma o superintendente de inovação do Estado, Henrique Domakoski. 

EXEMPLOS DE PROJETOS

Os produtos desenvolvidos pelas equipes na maratona contemplam as mais diversas atividades econômicas e os mais variados segmentos sociais. Há um grupo, por exemplo, propondo a criação de um portal para auxiliar trabalhadores autônomos – como diaristas, eletricistas, manicures e outros prestadores de serviços – na busca por oportunidades, conforme explica uma das integrantes da equipe, a bióloga Fernanda Dias, de Curitiba.

“É a criação uma rede cooperativa, em que, de um lado, há a oferta de serviço oferecido – a pessoa incluindo ali o que ela pode fazer. De outro, os serviços que estão sendo procurados. A rede oferecerá duas possibilidades: a da troca de serviço ou a da prestação do serviço remunerado”, explica a participante.

Fernanda Dias fala ainda da inspiração do grupo: “Nossa equipe se chama ‘Ula’, que é ‘colmeia’, em polonês. É uma forma de homenagear essa comunidade de imigrantes tão presente no Paraná, e é também a ideia que damos ao nosso projeto: a ideia de colmeia. Estreitar laços na sociedade. Um ajudando o outro.”

ARTISTAS

Um outro grupo, por sua vez, propõe uma rede em tecnologia da informação para envolver artistas na criação de editais para eventos online, de modo a viabilizar o fomento por parte de marcas de teatro, museus, galerias e outros estabelecimentos culturais.

Há ainda uma equipe se dedicando à proposta de um aplicativo de conexão entre protetores de animais e pessoas que queiram adotar. O objetivo é proporcionar uma combinação ideal entre os animais a serem adotados e as pessoas interessadas na adoção.

A preocupação com soluções para o serviço público está presente também. Uma plataforma de definição de preços de medicamentos adquiridos pelos sistemas de saúde é o projeto em elaboração por uma das equipes. A plataforma realizará uma comparação de preços nos mercados local, estadual e nacional, e permitindo assim que o administrador público defina, nas licitações, valores que representem economia ao erário.

HACK PELO FUTURO VAI ACELERAR PROJETOS

Lançado no último dia 16, o Hack pelo Futuro tinha mesmo esse propósito que está sendo alcançado, conforme se vê nos trabalhos desenvolvidos pelos participantes: mobilizar segmentos da sociedade em busca de soluções inovadoras nas mais diversas atividades, diante da conjuntura de pandemia e crise econômica. Os participantes se distribuíram, em equipes, em quatro categorias de atuação: Saúde, Sociedade, Economia e Cultura – cada uma delas contando com desafios específicos.

São parceiros da Assespro-PR e do Governo do Paraná, na promoção do evento, a startup Panic Lobster, responsável por toda a metodologia do hackathon, Universidades do Estado, e várias outras organizações que compõem o ecossistema de inovação do Estado do Paraná. As três melhores soluções receberão, como prêmio, uma vaga para acelerar a ideia proposta na Founder Institute, em Curitiba.

Independentemente do resultado final, Fernanda Dias comemora, desde já, o conhecimento adquirido no Hack pelo Futuro. “É um aprendizado diário. Todos em prol de um bem comum. Muito enriquecedor”.

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