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Brasil lidera uso de Inteligência Artificial na América Latina, aponta pesquisa

O Brasil é o país que mais usa inteligência artificial (IA) na América Latina. No território nacional, 63% das empresas utilizam aplicações baseadas nessa tecnologia, ante uma média de 47% em toda a região. Os setores mais avançados em soluções de IA são o financeiro, o varejo e o de manufaturas.

Além disso, 90% das companhias brasileiras investem em dados e ferramentas de analytics com o objetivo de identificar tendências e padrões de consumo. O percentual, novamente, é superior à média da América Latina, de 60%.

Os dados são do estudo “Avanços na cultura organizacional baseada em dados, analytics e IA”, do SAS, feito pelo IDC. A pesquisa ouviu líderes de Tecnologia da Informação (TI) – de chefe a diretores, incluindo posições de gerência – de 333 empresas latino-americanas, de maio a julho deste ano, distribuídas por Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Costa Rica e República Dominicana, além do Brasil.

O relatório também mostra que o Brasil (84%) lidera a utilização de dados, analytics e IA no que diz respeito à confiabilidade e à segurança das atividades empresariais, contra uma taxa média de 73% na América Latina.

“A pesquisa mostra que grande parte do mercado nacional já sabe que só conseguirá conhecer melhor seus consumidores por meio de soluções robustas de análise de dados”, disse André Novo, country manager da SAS no Brasil, durante a apresentação do estudo.

USO DA TECNOLOGIA

Segundo o levantamento, o CIO (Chief Information Officer, também chamado de diretor de Tecnologia da Informação), em 46% dos casos, é quem influencia ou decide pela utilização de ferramentas de dados e inteligência artificial nas organizações, ficando à frente de LoB (23%), CEO (18%) e CFO (13%).

Atualmente, as aplicações de IA mais utilizadas na América Latina são de vídeo em computador (48%) e automação de processos de tomada de decisão (47%). Na sequência, também acima dos 40%, aparecem gráficos de conhecimento (44%), reconhecimento de texto (44%), detecção de anomalia (43%), Internet das Coisas – IoT, na sigla em inglês – (42%) e reconhecimento de áudio e voz (41%).

Contudo, o estudo também mostra que, apesar de as empresas estarem progredindo em direção a tecnologias mais avançados, a maioria (70%) falha consideravelmente quanto aos processos internos de tratamento de dados, no que diz respeito a estar em conformidade com as regras de privacidade.

Na avaliação de Fabio Martinelli, analista de software e cloud do IDC, os dados, em geral, refletem a necessidade de a TI se aproximar das decisões empresariais. No entanto, países da América Latina, inclusive o Brasil, sofrem para recrutar mão de obra qualificada para os postos de análise de dados e desenvolvimento de aplicações inteligentes.

“Sentimos a falta de uma cultura de dados e de profissionais com essa habilidade. Hoje, por conta da mobilidade digital, estamos perdendo os mais qualificados para o Vale do Silício e para o Canadá. Essa é uma dificuldade que vai durar por mais um tempo”, declarou o analista do IDC.

Fonte: Telé.Sintese 

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