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Lateral Thinking e Mindset Inovativo nas empresas

O pensamento lateral engloba 4 categorias: geração de ideias, foco, colheita e tratamento a fim de trazer várias alternativas para solução de problemas

Atualmente, muito se fala dos conceitos de criatividade e inovação dentro das empresas. O objetivo é chegar a um constante aprendizado dos colaboradores a partir das ferramentas de inovação no desenvolvimento de conhecimentos e de experiências.

Quando pensamos em inovação, temos muitas ferramentas que nos auxiliam a tirar as ideias da mente, dentre estas estão o Brainstorming, Design Thinking, Roadmaps, Mindmaps e muitas outras com diferentes nomes e intenções.

Neste artigo, deixarei estes conceitos de lado com o intuito de focar num outro que agrega todas estas ferramentas e metodologias, transformando-as em modelos mentais e suas expressões mais distintas. Neste caso, o julgamento muitas vezes é deixado para depois, sendo realizado paulatinamente durante a jornada de imersão no problema estudado.

O nome deste conceito é Lateral Thinking ou, traduzido para o português, Pensamento Lateral, a partir do qual o sujeito estimula a visão de diferentes pontos de vista acerca de um mesmo conteúdo, assunto, projeto, ideia ou experiência. A ideia é abrir-se ao novo, explorar conhecimentos de diversas fontes, utilizar recursos e conexões mentais jamais feitas antes, retirando de si o peso de julgar, decidir ou até mesmo de dizer o que é certo ou errado.

O Pensamento Lateral aviva na mente de quem o pratica a capacidade, metaforicamente falando, de olhar para um quadrado e imaginar um cubo de muitas, senão de infinitas faces, sendo estas faces as diversas maneiras de ver o mesmo conteúdo (no caso o quadrado), com a visão de como cada ser humano enxerga e pensa sob a sua própria ótica.

Sabemos que, num contexto histórico, temos uma dificuldade inata em relação às mudanças que acontecem em nossas vidas, mesmo sabendo que muitas delas vêm para melhorar a nós mesmos e o ambiente em que vivemos. O
Pensamento Lateral visa quebrar estas barreiras e pré-conceitos que temos ao trabalhar a criatividade na análise de uma ideia ou problema. Além de nos fazer exercitar a atividade de criação de novos caminhos mentais e na quebra de dogmas e pensamentos negativos em relação ao fluxo de pensamentos que temos quando focamos em resolver um problema.

O termo Lateral Thinking foi desenvolvido por Edward de Bono como um conjunto de processos e habilidades que, segundo ele, são inerentes ao ser humano. Um dos pontos trabalhados pelo autor é o de que a criatividade, assim como jogar tênis ou esquiar, é uma habilidade que todos os seres humanos possuem e pode ser aprendida e aprimorada conforme é praticada de maneira repetível.

A principal diferença do Pensamento Lateral para outras formas de pensamento é que ele utiliza a avaliação de diversas perspectivas diante de um mesmo problema, indagando e criando análises baseadas não somente na lógica de um problema, mas principalmente nas fontes de solução diferenciadas que os problemas nos oferecem, atendendo à premissa de que existem múltiplas respostas para um mesmo questionamento.

O Pensamento Lateral, segundo De Bono, pode ser dividido em quatro principais categorias, são elas:

  • Ferramentas de geração de ideias, as quais auxiliam a quebrar os padrões de pensamento já existentes;
  • Ferramentas de foco, que abrem a mente para novas possibilidades e à procura de novas ideias de maneira lateral, visando encontrar modos de pensar que vão além da lógica simples do pensamento vertical;
  • Ferramentas de colheita, que ajudam a maximizar o valor que é recebido do output da geração de ideias, garantindo que estas realmente sejam plausíveis e agreguem valor ao experimento;
  • Ferramentas de tratamento, que ajustam as ideias laterais à viabilização no mundo real com suas restrições, trazendo potencial inovador para o experimento.

Mindset inovativo para a vitória!

Todo este papo de criatividade e Pensamento Lateral tornam-se muito bonitos na teoria e, conforme vamos os estudando, vemos os potenciais que foram explorados e como outras equipes e organizações o utilizaram de maneira a mudar o mundo que nos rodeia. Porém, repito, na teoria, a simplicidade e a efetividade são trabalhadas em um mundo ideal em que as equipes não têm interrupções ou influências externas.

Quando levamos este conceito para uma corporação, na qual equipes são geridas para o desenvolvimento de produtos de maneira ágil e responsiva, o processo de inovação e exploração da criatividade somente pode ser bem-sucedido se, por meio das diretrizes do ambiente e da cultura organizacional, as pessoas sintam-se parte e, principalmente, motivadas a contribuir com esta causa.

Seria possível, uma pessoa que vive sob rotinas mecânicas de trabalho e com pouca motivação para a mudança, explorar ideias diferentes sobre como contribuir para a inovação na empresa ou até mesmo, criar um produto? Deixo esta pergunta para você responder, pensando lateralmente, é claro!

Por este motivo, a capacidade dos líderes de motivar e influenciar os colaboradores de maneira positiva deve ser trabalhada em cada uma das empresas que buscam esta disrupção nos processos de desenvolvimento de produtos competitivos no mercado.

Neste caminho de aprimorar a capacidade de obtenção, evolução e distribuição de ideias e produtos inovadores para os mercados-alvo, tornam-se cada vez mais importantes líderes que aliam expertise técnica ao empreendedorismo e inovação. Por meio de capacitações e constante renovação do conhecimento, as lideranças assumem o papel de influenciadoras, impactando diretamente na condução estratégica da corporação, bem como de toda uma cultura a se seguir. Esta estratégia de pensamento lateral vem difundindo a nova era de transformação digital dentro das mais variadas organizações.

O trabalho é árduo e depende inteiramente da vontade das pessoas de criarem produtos e serviços surpreendentes por meio da colaboração. Porém, alcançar este mindset inovativo é algo que de sobremodo agrega valor aos produtos que serão desenvolvidos e à equipe como um todo, sendo necessário manejar as limitações de forma sábia, compreendendo que quando se trata de criação, todos temos algo a compartilhar, de modo que nos sentimos realmente úteis ao fazê-lo.

Por César Samuel Ferreira Schneider: Atua na área de Desenvolvimento Organizacional da CINQ Technologies. Técnico em Administração e Acadêmico do 5º ano de Engenharia de Produção na UNOPAR em Ponta Grossa. Áreas de interesse: inovação, criatividade, cultura organizacional.

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